Quinta da madureira


   É a propriedade mais importante de Carapeços. Aqui viveu João Carapeços, pessoa que revestiu uma grande importância na história da freguesia, tanto pelo seu vasto patrimônio como pela influência que exercia na região. Infelizmente, a quinta já não existe, mas está indiretamente ligada a uma das histórias mais interessantes do Reino de Portugal, a morte de D. Inês de Castro.

   Esta quinta possivelmente data do séc. XIV. Foi uma casa abastada de lavoura sob o comando do seu primeiro proprietário, João de Carapeços. Mais tarde, passou a pertencer a D. Pedro Afonso, conde de Barcelos (e depois rei de Portugal) que a ofereceu a Pêro Coelho, grande conselheiro do rei D. Afonso IV. Mas o destino desta quinta estava escrito e devido ao envolvimento de Pêro Coelho no assassinato de D. Inês de Castro, D. Pedro retirou-lhe a Quinta. Esta quinta foi propriedade do Arcebispo de Braga, D. Gonçalo Pereira Vasco Domingues. Através de informações obtidas por documentos eclesiásticos deixados por este último sabemos que na quinta existia uma grande torre e uma capela. Infelizmente, ordens foram dadas pelo novo dono, e a quinta foi “despedaçada” e toda a sua pedra e revestimento foram levados para Braga para a construção de uma muralha. Posteriormente, já em 1758, procederam ao salgamento da quinta. Mais tarde, a quinta foi vendida a uma família de posses e onde um dia existiu uma casa abastada e produtiva, hoje existe uma humilde casa de lavradores.  

   Na Casa da Madureira, perpetua a memória de que esta foi a mais importante quinta de Carapeços, sendo ainda possível encontrar no seu celeiro alguns móveis e tulhas, reminiscências do seu passado.