Festas Populares


Festa da Nossa Senhora de Fátima

  

Celebra-se no segundo domingo de agosto. Hoje em dia, a procissão das velas realiza-se na sexta-feira que antecede o segundo domingo de agosto. Os habitantes percorrem a aldeia a pé com velas enquanto rezam o terço, liderados pelo padre. A procissão com trajes ainda hoje se realiza, mas os adultos também participam possivelmente devido ao declínio do número de crianças da aldeia.

 Uma missa é normalmente realizada na Capelinha, no segundo domingo de agosto. Existirem conjuntos musicais, marchas, leilões e outras atividades que apelam ao espírito comunitário dos habitantes, ao longo de aproximadamente 3 a 4 dias.

Carnaval

No passado, era costume os mais ricos partilharem comidas, que fossem consideradas iguarias, com os mais pobres. As pessoas andavam pelas ruas com pedras para fazerem barulho, e as mulheres mascaravam-se, geralmente usando calças, e iam às casas de familiares. Era também tradição os rapazes escreverem poemas sobre as raparigas da aldeia, e as raparigas retribuíam o gesto. Esses poemas eram depois lidos publicamente numa grande roda.

Outra tradição, que ainda hoje se pratica, é a do “Entruido” e da “Quaresma”. Eram feitos dois bonecos de palha, vestidos com roupas velhas, chamados Entruido, o homem, e Quaresma, a mulher. Estes eram pendurados algures na aldeia. Nos últimos anos foram pendurados nos postes de luz do largo localmente conhecido como Largo da Fonte. Na última noite de Carnaval estes bonecos eram queimados, assinalando o fim do Carnaval e o início da Quaresma. Mais tarde foi adicionada a queima de pneus à tradição, algo que atualmente já não se pratica.

A Tradição dos Bombos

 

 

O bombo é um tambor cilíndrico, de grande dimensão, utilizado em baterias, orquestras e desfiles. Neste caso, o bombo em questão é o usado em desfiles, motivo pelo qual apresenta uma alça que permite aos músicos levarem-no a tiracolo. Na aldeia é tradição começar a tocar durante algumas horas, à noite, aproximadamente três semanas antes do Carnaval. 

Caparrões

Os caparrões eram pessoas mascaradas, que andavam pela aldeia em completo silêncio. Era obrigatório tapar a cara e disfarçar qualquer detalhe que deixasse os demais habitantes adivinharem quem era a pessoa disfarçada. Por sua vez, as pessoas abordadas tinham o direito de fazer de tudo para que o caparrão acabasse por deixar escapar algum detalhe, que servisse de pista para pôr a descoberto a sua identidade.

São Miguel

Antigamente era realizada uma procissão em honra de S. Miguel, à semelhança da procissão de Nossa Senhora de Fátima, e assistia-se à atuação de um conjunto musical, à noite. Eram também feitas corridas de burros, nas quais se faziam apostas. Atualmente, esta última não se realiza, mas ainda é rezada uma missa.